Documentários musicais imperdíveis no In-Edit Brasil
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FILMEs O
festival de documentários musicais In-Edit Brasil traz nesta 15ª edição uma série de filmes imperdíveis
sobre free/jazz e arredores criativos. Fizemos uma seleção com alguns
documentários que você não deveria perder... O In-Edit acontece entre 14 e 25
de junho, em São Paulo, com parte da programação on-line para todo o país (veja
a programação completa, com quase 70 filmes, aqui)...
Mais recente documentário a abordar a cena free
jazzística, Fire Music: The History of the Free Jazz levou
vários anos para ficar pronto. Em 2014, já com diferentes entrevistas
realizadas, os produtores iniciaram uma campanha colaborativa para levantar
recursos para finalizar o filme, que teria sua pré-estreia apenas em 2018 e
demoraria um tempo ainda para ganhar as telas mundo afora. Agora, finalmente
chega ao Brasil. Com produção executiva de Thurston Moore e Nels Cline, o documentário se arquiteta a partir de um punhado de entrevistas com artistas centrais do meio – como Bobby Bradford, Burton Greene, Carla Bley,
Sonny Simmons, Oliver Lake, Noah Howard, John Tchicai, Gunter Hampel – e
imagens de shows e arquivos, mantendo o foco na cena de Nova York e destacando
histórias do “período de ouro” do free jazz na década de 1960.
Sessões
*16/06 – CineSesc,
às 15h (R$ 8 a R$ 24)
*22/06 –
Cinemateca, às 19h (grátis)
*23/06 – Associação
Cultural Cecília, às 18h (grátis)
Documentário pioneiro no registro do universo do free
jazz, Imagine The Sound foca sua câmera em quatro destacadas figuras
do gênero: Cecil Taylor, Archie Shepp, Paul Bley e Bill Dixon. Entre
entrevistas e apresentações, o filme exibe um pouco da arte desses pioneiros –
protagonistas do ápice do free jazz em meados dos anos 1960 – e ajuda a
construir uma narrativa muito pouco documentada em vídeo até aquele momento. Os
quatro músicos foram convidados a criar novas peças para o filme; Taylor, por
exemplo, apresenta uma de suas intensas criações solistas, além de aparecer
recitando seus intrigantes poemas, que havia passado a escrever e exibir de
forma mais constante exatamente na época em que o filme foi realizado. O
diretor Ron Mann é o convidado
especial do festival e estará no país para apresentar seus filmes.
Sessões
*18/06 –
Cinemateca, às 16h (grátis)
*21/06 – Cine
Cortina, às 21h (grátis)
*24/06 – Associação
Cultural Cecília, às 16h (grátis)
- MAX ROACH: The Drum Also Waltzes (2023)
Dir.: Sam Pollard, Bem Shapiro
Este novíssimo documentário, que estrou há poucos meses lá
fora, aborda vida e obra de uma das grandes lendas do jazz: Max Roach (1924-2007).
Baterista, percussionista, compositor, ativista, Roach percorreu as mais
diferentes trilhas jazzísticas, tendo participado dos primórdios do bebop,
protagonizado o hardbop, criado um icônico grupo de percussão (M’Boom), tocado
com o pessoal do free jazz... Os diretores começaram a idealizar este projeto
há muito tempo, ainda com Roach vivo, e chegaram a um filme bastante sólido.
Afora as filmagens resgatadas de diferentes épocas, há entrevistas mais atuais,
feitas para o filme mesmo, com nomes como Sonny Rollins, Abdullah Ibrahim e sua
parceira nos anos 60 Abbey Lincoln. Um belo retrato de um genial artista.
Esse é um retrato íntimo sobre o mundo do jazz realizado com
muita sensibilidade pelos dinamarqueses Jorgen Leth e Andreas Koefoed. Por 14
anos, os diretores acompanharam o guitarrista e compositor dinamarquês Jakob
Bro em diferentes compromissos profissionais dele. E foram entrevistando
músicos de diferentes países e gerações com quem Bro ia se encontrando em suas
andanças. Algumas perguntas básicas, como “Qual é a sensação de tocar?” e “O
que significa ouvir?”, eram colocadas e, assim, vamos vendo figuras como Lee
Konitz, Bill Frisell, Andrew Cyrille, Joe Lovano, Craig Taborn e até Manfred
Eicher, da ECM, expondo suas visões sobre essas questões. Um sensível olhar
para o universo jazzístico.
Filmado durante o Newport Jazz Festival de 1958, realizado
em Rhode Island, este clássico documentário foi restaurado em 2020, em 4k, a
partir dos negativos originais. Com essa nova qualidade de imagem, mesmo quem
conhece o filme encontra motivos para revê-lo com prazer. O jazz ainda vivia
aqui um tempo de glória, um pouco antes de outros gêneros irem ocupando seu
espaço progressivamente. Pelas lentes comandadas por Bert Stern e
Aran Avakian, desfilam uma série de artistas icônicos, Louis Armstrong,
Thelonious Monk, Sonny Stitt, Mahalia Jackson, Chico Hamilton com Eric Dolphy,
Jimmy Giuffre, Dinah Washington... Um belo registro focado na música e no
ambiente do festival que muito influenciou documentários musicais que surgiriam
nas décadas seguintes.
Sessões
*21/06 – CineSesc,
às 18h (R$ 8 a R$ 24)
*23/06 – Cinemateca,
às 15h (grátis)
- LICHT - Stockhausen's Legacy (2022)
Dir: Oeke Hoogendijk
Karlheinz Stockhausen (1928-2007) é daqueles músicos
provavelmente muito mais conhecidos do que ouvidos. Símbolo maior da vanguarda
da música erudita da segunda metade do século XX, nunca se furtou a polêmicas e
teve uma vida completamente entrelaçada com sua obra. Seu último grande
projeto, o gigante ciclo de óperas Licht, ocupou boa parte de suas últimas três
décadas de vida criativa. Licht é um ciclo de sete óperas, uma dedicada a cada
dia da semana, com uma duração total de 29 horas! Este documentário parte dos
bastidores da primeira tentativa de apresentar Licht em sua totalidade (ou
melhor, quase: foram apenas 15 horas de música apresentada), a cargo da Dutch
National Opera, em 2019. A partir desse mote, o filme mergulha na vida e obra
do genial e polêmico artista alemão.
Sessões
*19/06 – CineSesc,
às 18h (R$ 8 a R$ 24)
*21/06 –
Cinemateca, às 19h (grátis)
*24/06 – CCSP/Spcine
Paulo Emilio, às 18h (grátis)