(Fazendo barulho) Algumas novidades bastante ruidosas



Falar em noise hoje pode ser algo tão amplo quanto dizer “improvisação”. Mais do que simplesmente um gênero específico, com o qual diretamente ligamos nomes como Hijokaidan, Masonna e Borbetomagus, o noise se embrenhou por diversas criações que podem estar presentes no rock, no free, no eletrônico ou mesmo em outras searas. Selecionamos aqui algumas novidades (de estreantes ou nomes ainda não muito conhecidos) que, de alguma forma, exploram a herança noise para fazer uma música ruidosa e desconcertante. L’Arte dei rumori...







(Por Fabricio Vieira)



Machine Death
Frequency Killer
Independent


O Frequency Killer, da Florida, faz sua estreia com esse disco intrigante. Com guitarras e eletrônicos, curtíssimas (de 3 a 51 segundos) intervenções cacofônicas se sucedem para criar o álbum, dividido em 30 partes chamadas (todas) “Hurt You”. Feito para ser ouvido na sequência, sem paradas.







The End is Extremely Fucking Nigh
Enbilulugugal
Dipsomaniac Records


Nome mais "veterano" dessa seleção, o quinteto Enbililigugal, formado em 2000 na Califórnia, adiciona ao universo do black metal texturas intensamente ruidosas, que se embrenham por entre vocais, baixo e guitarra. Barulho sombrio, ainda mais extremado nesse novo título.










The Harsh Weight of Anxiety
Eating Scabs for Protein
Independent

Eating Scabs for Protein é um projeto novo de um cara só, de Ohio, que se utiliza de meios eletrônicos para criar uma música explosiva que dialoga em muito com o mítico Masonna – como ele, ao vivo se arrisca também em intervenções vocais. Segundo seu criador, essa música poderia ser rotulada de “rudimentary power eletronics”.








Non-selective genocide
SBTDOH
Independent

Vindo de Portland (Oregon), o SBTDOH optou por lançar este seu novo título apenas em K7. Com uma longa faixa de cada lado, Non-selective genocide se desenvolve de forma plana e linear, sem picos ou intervenções abruptas, formando uma tensa muralha de ruídos sobrepostos.








Lodo
Bemônio
QTV

Projeto desenvolvido no Rio de Janeiro por Paulo Caetano (voz e synth), o Bemônio surgiu em 2012 e, tendo no drone uma de suas referências, tem criado inquietantes e sombrios momentos sonoros. Nesse seu título mais recente, Caetano contou com a colaboração de Eduardo Manso (guitarra) e Gustavo Matos (bateria).  







The Jist
The Jist
Va Fongool

Vem da Noruega esse duo formado em 2011 por Natalie Sandtorv (vocal e eletrônicos) e Torgeir Standal (guitarra). Em meio à improvisação livre, o duo de Oslo se propõe a explorar a ruidosidade da vida contemporânea e o caos das metrópoles. As vocalizações de Natalie são um destaque à parte... 








Brute Force
Brute Force
Va Fongool

Trio de baixo-guitarra-bateria, o também norueguês Brute Force desenvolve uma faceta crua, direta e muito ruidosa da improvisação livre. Gravado ao vivo no estúdio, esse registro de estreia mostra bem a rudeza do som desse trio, rotulado no release da banda como “avant-garde noise improv”.











The Slow Kill in the Cold
Blessed Blood Vulva + Guilty C.

Gravity Swarm Recordings

Encontro entre a vocalista Blessed Blood Vulva com o projeto japonês Guilty C. Pequenas faixas, muitas com menos de um minuto, compõem os cerca de vinte minutos desse k7. Harsh noise com o demolidor original DNA japonês.