Em breve: entrevista com M. Gustafsson

Tive o prazer de conversar com Mats Gustafsson no último fim de semana. Ele falou sobre a vinda ao Brasil, sua música, a cena atual, dentre outros temas. Sempre atencioso, respondeu as perguntas feitas sem restrições, enquanto viajava da Suécia para a Áustria, onde está morando atualmente.

*Quem tiver a oportunidade de ver a edição de hoje da Folha de S.Paulo encontrará na Ilustrada (p. E6) um texto que fiz sobre o Fire!, com alguns trechos da conversa com o Mats.

*Amanhã (provavelmente) postarei uma versão ampliada da entrevista aqui neste espaço. Apenas uma prévia: falei com ele sobre o aquecimento da agenda da free music no Brasil e ele disse quem tem visto em suas andanças a música criativa se espalhando por lugares pouco imaginados, citando em seguida locais que tocou em tempos recentes: Islândia, Lapônia, Tasmânia, Etiópia e Índia.

*Desde 2008, nossos palcos receberam uma expressiva lista de figuras representativas de variados pólos da free music, que ganha um destacado capítulo novo com a vinda de Mats Gustafsson e Archie Shepp.

Desde 2008, pudemos ouvir e ver de perto: Peter Brotzmann, Roscoe Mitchell, Ivo Perelman, Dominic Duval, Matana Roberts, Nicole Mitchell, Chad Taylor, Art Ensemble of Chicago, Phil Minton, Trevor Watts, Veryan Weston, Mark Sanders, Marcio Mattos, Joe Morris, Matthew Shipp, Gerald Cleaver, Pharoah Sanders, Crash Trio, EKE Trio, Ornette Coleman, Yusef Lateef, Han Bennink, John Edwards, Hans Koch, Ken Vandermark, William Parker (e a lista não se esgota aqui). Se não vivemos nenhum mundo dos sonhos musicais, ao menos passamos a ter um fluxo relativamente constante de música altamente criativa e elevada. Que tal fluxo se intensifique: somente assim poderemos construir um público atento, cativo e interessado em novos sons, livre de vicissitudes artístico-auditivas!

(Fire! with Jim O'Rourke, at SuperDeluxe, Tokyo, sep. 2010)

**Por enquanto, o Fire! está agendado apenas para duas apresentações no país: no Sesc Pompéia (13/5) e no Santander Cultural de Porto Alegre (15/5).