"Eu classifico-me como músico de jazz. Penso que, de uma forma muito pessoal, estou a seguir uma tradição de saxofonistas, de tenores. E tento trabalhar com todos os elementos que aprendi com os músicos norte-americanos. Apenas adapto esses elementos à minha maneira, mas acho que sou um músico de jazz, sim. Os meus saxofonistas de referência são Sonny Rollins, Coleman Hawkins, Benny Carter, Don Byas, Eddie 'Lockjaw' Davies... Ouvi muito esses músicos, todos eles me impressionaram muito e tentei retirar elementos da sua maneira de tocar para a minha música."
"Acho que aquilo que faço -ou aquilo que tento fazer- é tocar jazz. Obviamente, é uma questão de definição e o jazz não é apenas os doze compassos do blues ou os trinta e dois compassos das canções de jazz... É uma forma de vida, é necessário dedicação! É necessário dedicar tudo o que se tem à música, ao instrumento, aos músicos com quem se trabalha. É isso que significa o jazz para mim. Por isso, acho que estou a seguir essa tradição."
"A música jazz não é uma questão de uns meses ou um ano ou um período curto, com o jazz estamos comprometidos a vida inteira. É uma espécie de viagem com a vida e uma tentativa permanente de aproximação àquilo que queremos realmente dizer."
**Peter Brötzmann, em entrevista à revista portuguesa Jazz.pt/julho de 2008**