A percussão livre de Eddie Prévost

Precursor da improvisação livre na Europa, o baterista britânico Eddie Prévost mantém-se na ativa desde a década de 60. Um dos responsáveis pelo seminal grupo AMM, fundado em 65, Prevost tem explorado nessas décadas sons percussivos que extrapolam os limites da bateria tradicional, agregando novas peças a seu instrumento de trabalho. Parceiro de Paul Rutherford, Derek Bailey, Barry Guy, Evan Parker, Marilyn Crispell, o britânico gravou uma infinidade de discos nessa sua longa carreira, nos mais diferentes formatos. De seus álbuns mais recentes, o duplo Most Materiall, gravado em 97 ao lado de Evan Parker, merece atenção redobrada: dois grandes músicos em dois discos singulares, daqueles que se ouve na sequência e lamenta-se o fato de não ter tido a oportunidade de apreciá-los ao vivo.

Nos 80s, o baterista comandava o Eddie Prévost Quartet, um dos vários grupos que organizou nesse tempo de atividade. O álbum Continuum é um dos melhores exemplos desse grupo. Prévost contava a seu lado com: Larry Stabbins (tenor and soprano), Veryan Weston (piano) e Marcio Mattos (bass).
Fato raro por aqui, dois desses músicos estiveram no país recentemente, mais precisamente em outubro. Veryan Weston deu wokshops e participou ao menos de duas apresentações; o brasileiro Márcio Mattos mostrou sua criatividade no CCSP e no Sesc. Quem viu, sabe o que esses músicos propõem e podem oferecer.

 

Part 1. (live at Bracknell Jazz Fetival, july, 1983)
1. Continuum (39 33‘)

Part 2. (studio session, 1985)
2. I’m in the Mood for a Semantic Theory 6 57‘)
3. Unprdictable Paths ( 11 28‘)
4. Pair of Braces (7.59‘)
5. Convection ( 12 02‘)